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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Lyoto Machida

Lyoto Machida
Com um chute ao melhor estilo “Karate Kid”, Lyoto Machida nocauteou Randy Couture no UFC e deu um pontapé na má fase. No aeroporto a caminho do Brasil, a grande sensação do UFC 129. Falou sobre o nocaute, a pressão que sentiu ao ver 55 mil canadenses torcerem a favor do seu adversário, as críticas que recebeu para ser mais agressivo e o futuro no evento, revelando que talvez fique de fora do UFC Rio.

O que achou da sua vitória?

Eu estava muito treinado, me preparei muito para essa luta. Vim com uma confiança diferente para ela. Aumentei muito a parte do treinamento, exigindo dos sparrings situações diferentes, então me senti confortável em qualquer ambiente, tanto que ele me agarrou e eu sabia que ia sair. Eu não cansei nada, estava confiante. Não esperava que a vitória fosse tão expressiva. Sabia que não podia deixar nas mãos dos juízes.

Como foi ser o último adversário do Couture? Você ficou muito emocionado depois da luta...

Poxa, foi o conjunto todo... Eu precisa demais da vitória, estava lutando com uma lenda, um cara que sempre mostrou muito respeito, colaborou demais para o crescimento do esporte. Foi um momento único. Um lutador do nível dele se aposentando e eu fazendo parte da história dele... Quando isso vai acontecer novamente?

E de onde você tirou esse chute? Você tinha treinado?

Esse chute existe no Caratê, é o Kanku Dai. Quando iniciei a preparação, logo após a cirurgia da hérnia, a minha preparação estava um pouco limitada, então meu pai (Yoshizo) me passou alguns chutes para treinar, e falou para usar nos sparrings às vezes, mas sempre com muito cuidado porque esse é um chute que machuca, é como uma cotovelada. Quando cheguei ao Canadá me encontrei com o Steven Seagal e ele falou “Lyoto, esse chute vai entrar”. Mas eu não estava preocupado em fazer ou não, se pintasse a oportunidade eu ia fazer. Vim mais relaxado para o segundo round, soltei o chute e ele encaixou. Não foi nada “do nada”.

Foi no melhor estilo “Karate Kid”, né?

É verdade, todo mundo no estádio ficou me chamando de “Karate Kid” (risos).

O Anderson usou um chute parecido há dois meses para nocautear o Vitor Belfort. Você pegou algumas dicas com ele?

Eu faço esse golpe há muito tempo, mas coincidiu de ser numa época próxima do Anderson. Não conseguimos nos falar muito depois da luta, ele está muito ocupado e eu tenho treinado muito, e só temos nos falado por telefone mesmo. A gente se encontrou rapidamente depois da luta e agora no aeroporto, mas foi muito corrido.

Você sentiu alguma pressão diferente nessa luta, por vir de duas derrotas e ver todo o público gritando o nome do Couture? Um minuto antes do nocaute, o público estava gritando o nome do Randy...

Nesse momento eu já não estava ouvindo mais nada, estava concentrado no que estava fazendo na luta, mas senti muito quando ele entrou. Vi que toda a torcida era dele. Não que estivessem contra mim, mas vi que tinham uma preferência. Normal, até porque ele dispensa comentários.

Depois de receber muitas críticas ao seu estilo, você veio mais agressivo nessa luta?

Me senti mais agressivo, procurei mais a luta. Continuei com a segurança do meu estilo, mas dei um “upgrade”, chamei mais para a luta.

Como você se vê na categoria agora?

Juro, juro, juro... Não penso muito lá na frente, penso passo a passo. Sei que cada luta é importante para ficar mais tarimbado. Não tenho essa pressão de me tornar campeão de novo. Vou conseguir a minha chance. Até prefiro que tenha mais uma luta para me sentir mais seguro e forte.

E quem poderia ser seu próximo adversário?

Não sei também, não tenho nem ideia. Tem muita gente: Ryan Bader, Rampage, Phil Davis... Estou esperando.

Muitas pessoas te apontavam como um dos fortes candidatos para bater o Jon Jones, e essa onda cresceu ainda mais depois desse nocaute. Acha que seu estilo é o ideal para batê-lo?

Eu acho que sim, meu estilo casa bem com o dele. Ele é um cara muito eclético, tem muitos recursos, mas eu também tenho recursos bons, e meu jogo de distância e tempo vai me ajudar bastante.

O que espera do futuro? Quer uma vaga no UFC Rio?

Eu gostaria de ter uma chance de lutar no UFC Rio, mas acho que ficou um pouco em cima. Depois que acaba a luta, precisamos de um tempo de descanso da preparação, é tudo um ciclo. Talvez fique um pouco apertado para lutar no Rio.


Ronny Markes conta como foi vencer Paulão
    O encontro entre um fã e um ídolo. Assim pode ser definido o confronto entre Ronny Markes e Paulão Filho, realizado na última sexta-feira (29), em Recife, pelo IFC. A revelação potiguar levou a melhor sobre o faixa-preta de Carlson Gracie na decisão unânime dos jurados.

Como em um sonho de criança, Ronny, que viu Paulão brilhar no Pride, na época o maior evento de MMA do mundo, derrotava um oponente que lhe serviu de inspiração durante muitos anos. Emocionado por conseguir a vitória mais expressiva de sua promissora carreira, Ronny se ajoelhou diante de um ícone do MMA.

E, passado alguns dias, ainda tenta explicar a sensação de dividir a jaula com seu ídolo. “Quando o Jair (Lourenço) me ligou falando que eu ia lutar com o Paulão, não sabia se ficava feliz por lutar com um atleta renomado como ele ou triste por ser um dos meus ídolos. É como dizer ao meu filho, de quatro anos, que ele vai lutar com o Homem-Aranha (risos)”, comparou o campeão do Shooto Brasil.

O que você achou da luta?

Achei a luta muito boa, foi um bom teste para a minha carreira. Passar pelo que passei no segundo round e reverter o jogo no terceiro foi um verdadeiro teste.

Você esperava que o Paulão fosse endurecer tanto?

Lógico! Estamos falando nada mais nada menos do Paulão Filho, um cara que fez história. Eu já sabia que ia ser dureza.

Você acredita que o gás fez a diferença nessa luta?

Claro. Treinei como nunca para essa luta! Para se ter uma idéia, quando chegava domingo, que era meu único dia de descanso perturbava o Ronnys Torres para irmos correr na praia à noite (risos). Creio que isso também fez a diferença.

Ele chegou a montar no segundo round. Você sentiu que ele poderia finalizar a luta naquele momento?

Sim, eu sabia do potencial do Paulão, principalmente naquela posição. Ele tem um poder de finalização impressionante, busquei escutar meus técnicos e fiquei atento a cada orientação que eles me davam. Fiquei calmo e consegui aguentar a pressão.

Como foi vencer um dos seus maiores ídolos no esporte?

Sem palavras. O Paulão, como eu já havia citado antes, desde criança me emocionava com suas lutas no Pride. Conhecia seu jogo por assistir, ainda moleque, todas as suas lutas. Quando o Jair (Lourenço) me ligou falando que eu ia lutar com ele, não sabia se ficava feliz por lutar com um atleta renomado como ele ou triste por ser um dos meus ídolos. É como dizer ao meu filho, de quatro anos, que ele vai lutar com o Homem-Aranha (risos). Foi uma sensação inenarrável. Na mesma hora falei para o Jair: ‘Sim, mestre, pode fechar esta luta.

Ele já foi considerado o número dois do mundo. Depois dessa grande vitória, o que você espera para o futuro?

Isso é uma coisa que se especula bastante, mas acredito muito em Deus e Ele sabe de todas as coisa, assim como o Dedé Pederneiras, que quer o melhor para mim e já está vendo algo muito bom.

Qual o seu sonho no MMA? Lutar no UFC?

Claro! Sonho grande, em estar entre os melhores e sei que tenho potencial para isso. Quando escolhi o MMA como minha profissão era entre os grandes que eu queria estar. E chegarei lá, se Deus quiser.

Quer deixar algum recado?

Quero agradecer primeiramente a Deus, a toda a minha equipe Kimura Nova União, aos meus professores Jair Lourenço, André Pederneiras; meu preparador físico Thiago Macedo; ao professor de boxe Giovanni Diniz; aos patrocinadores e a todos que acompanham meu trabalho; à minha família, que é a base de tudo, e minha esposa, que tem uma participação grande em tudo isso.

Exclusivo

Exclusivo: ADCC divulga lista para Londres
   Agora é oficial: a última e mais importante seletiva da nona edição do ADCC Submission Fighting, a brasileira, ocorreu nos dias 30 de abril e 1º de maio no Esporte Clube Sírio, em Moema, São Paulo.

Entre os classificados, Gabrielle Garcia e Rodolfo Vieira, ambos campeões do Abu Dhabi World Pro 2011, foram convidados pelo Sheik Tahnoon Bin Zayed para o evento principal, que irá ocorrer em Londres, Inglaterra.

Michele Nicolini (CheckMat) venceu na categoria até 60kg; Talita Treta (Ryan Gracie) acima de 60kg; Bruno Frazzato (Atos) foi o campeão na 66kg; Murilo Santana (Barbosa) venceu na 77kg; Cláudio Calasans (Atos) completou a alegria de Ramon Lemos vencendo na 88kg; Augusto Ferrari (Cícero) foi o campeão da 99kg; Gabriel Vela (Ryan Gracie) finalizou a competição vencendo na categoria acima de 99kg.

Na super luta, Bráulio Estima duela com Ronaldo Jacaré:

-65.9kg

1. Rafael Mendes. Brazil (2009 World Champion)
2. Greger Forsel. Finland (2010 European Champion)
3. Marko Ramos. USA (2010 North-American Champion)
4. David Marinakis. Australia (2011 South Pacific Champion)
5. Tetsu Hadairo. Japan (2011 Asian Champion)
6. Jeff Glover. USA (2011 North-American Champion)
7. Bruno Frazzato. Brazil (2011 South-American Champion)
8. 2011 European Champion (21st May)

-76.9kg

1. Pablo Popovich. USA (2009 World Champion)
2. Jorge Britto. Portugal (2010 European Champion)
3. Vagner Rocha. USA (2010 North-American Champion)
4. Davis Hart. Australia (2011 South Pacific Champion)
5. Gomi Takanori. Japan (2011 Asian Champion)
6. Enricco Coco. USA (2011 North-American Champion)
7. Murilo Santana. Brazil (2011 South-American Champion)
8. 2011 European Champion

-87.9kg

1. Andre Galvao. Brazil (2009 2nd World championships)
2. Marko Helen. Finland (2010 European Champion)
3. Rustam Chsiev. Russian (2010 North-American Champion)
4. Cameron Rowe. Australia (2011 South Pacific Champion)
5. Jeon Doo Kwang. Korea (2011 Asian Champion)
6. JJ Holmes. USA (2011 North-American Champion)
7. Claudio Calasans. Brazil (2011 South-American Champion)
8. 2011 European Champion

-98.9kg

1. Xande Ribeiro. Brazil (2009 2nd World championships)
2. Kari Peltola. Finland (2010 European Champion)
3. Joseph Lee Baize. USA (2010 North-American Champion)
4. Igor Praporshchikov. Australia (2011 South Pacific Champion)
5. Animal Anzai. Japan (2011 Asian Champion)
6. James Poupolo. USA (2011 North-American Champion)
7. Augusto Ferrari. Brazil (2011 South-American Champion)
8. 2011 European Champion

+99kg

1. Fabricio Werdum. Brazil (2009 Champion)
2. Janne-Pekka Pietiläinen. Finland (2010 European Champion)
3. Mario Rinaldi. USA (2010 North-American Champion)
4. Mick Wilson. Australia (2011 South Pacific Champion)
5. Sekine Hideki. Japan (2011 Asian Champion)
6. Jared Rosholt. USA (2011 North-American Champion)
7. Gabriel Vella. Brazil (2011 South-American Champion)
8. 2011 European Champion

-60kg

1. Luanna Alzuguir. Brazil  (2009 World Champion)
2. Lara Jayne Ng. Australia (2011 South Pacific Champion)
3. Hashi Takayo. Japan (2011 Asian Champion)
4. Cathilee Albert. USA (2011 North-American Champion)
5. Michele Nicolin. Brazil  (2011 South-American Champion)
6. 2011 European Champion

+60kg

1. Hannette Staack. Brazil  (2009 World Champion)
2. Fiona Muxlow. Australia (2011 South Pacific Champion)
3. Penny Thomas. South Africa (2011 North-American Champion)
4. Talita Nogueira. Brazil  (2011 South-American Champion)
5. 2011 European Champion


Kyra aposta na experiência para o Mundial


Kyra aposta na experiência para o Mundial 
    Com cinco títulos mundiais de Jiu-Jitsu nas costas e dois do ADCC, Kyra Gracie teve a oportunidade de conquistar o único título que falta em seu currículo, mas acabou batendo na trave. A faixa-preta não conseguiu conquistar o Europeu desse ano, título que falta em sua coleção, ao ser derrotada na final por Marina Ribeiro. Passado o primeiro revés do ano, a lutadora está focada em conquistar o sexto mundial (ela conquistou quatro na faixa-preta) e o tricampeonato do ADCC. Na entrevista exclusiva, que você confere abaixo, Kyra comentou como as meninas mais novas estão dificultando sua vida, falou sobre sua vida corrida e seus projetos, suas metas para o ano, entre outros assuntos que você confere a seguir.

Você acabou derrotada no Europeu, único título que falta em sua coleção, nesse ano. Qual é a próxima competição que você deve entrar e como você vê essa chegada dessas jovens meninas que prometem lhe dar bastante trabalho?

Eu vou lutar o Mundial, com certeza. A grande vantagem da nova geração é ter me assistido e conhecer o meu jogo melhor do que eu as conheço e é isso faz com que elas tenham o fator surpresa e às vezes podem surpreender. Mas o meu objetivo é estar melhor sempre e evoluir com o meu jogo e usar a experiência que tenho de campeonatos para vencer os próximos.

Como tem conciliado sua vida de profissional com o seu projeto social e seminários?

Minha vida é muito corrida, tenho dado muito seminários, já estou com a agenda cheia até novembro, viajando o mundo todo. Faço o meu treinamento, mas sempre tem o dia do Kapacidade (projeto social), onde renovo minhas energias e volto para treinar com mais motivação. O projeto está indo muito bem, estamos expandindo e temos como objetivo atingir 300 crianças até o ano que vem. É um sonho realizado ver o sorriso dessas crianças nas aulas de Jiu-Jitsu. Pude ver muitas mudanças fora do tatame, como respeito, disciplina, entre outras, e isso vale mais do que todas as minhas medalhas. Ainda estou à frente da loja virtual LutaShop, onde vendo produtos exclusivos da família Gracie aqui no Brasil.

Qual a previsão do próximo camp exclusivo para meninas?

Tem o meu camp que faço todos os anos, que vai acontecer do dia 22 a 30 de junho no Rio de Janeiro. É uma semana de treinos comigo, além de passeios turísticos, e é uma maneira de juntar as mulheres do Jiu-Jitsu, já que é muito difícil reunir um grupo para treinar. Também tenho o Gracie Adventure Camp, que esse ano foi na Costa Rica com todos os meus primos, seis Gracie. Foi uma experiência muito legal e já estamos organizando o próximo.

Normalmente sua maior meta no ano é conquistar o Mundial. E esse ano, quais objetivos você tem traçado para a sua carreira?

Tenho ainda muita estrada de Jiu-Jitsu pela frente, ainda quero competir bastante. Esse ano quero buscar a minha sexta medalha de ouro no Mundial e meu tricampeonato no ADCC.