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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Kron Gracie

Kron Gracie

Kron Gracie foi um dos grandes destaques da BJJ Professional Cup, torneio que aconteceu no fim de semana na Itália e pegou 60 mil euros em prêmios. Após finalizar Yan Cabral para vencer a luta casada, o filho de Rickson Gracie conquistou o absoluto ao finalizar Gilbert Durinho, e esse é só o começo. Em entrevista  direto da Itália, Kron falou sobre sua participação no torneio e sua evolução no Jiu-Jitsu, voltando a brilhar como fazia nas outras faixas. “Depois do sacode que eu tomei do Sergio Moraes (em seu primeiro Mundial na faixa preta), demorou muito tempo para eu realmente absorver isso e ficar melhor. Só agora estou sentindo a vontade dentro do meu coração para ser campeão de novo, aquela vontade de querer treinar e ser o melhor”, conta o “maduro” Gracie. “Agora eu acho que sou homem. Antes eu era moleque”.

Você venceu a luta casada, bateu o Yan novamente finalizando, e ganhou no peso, em cima do Durinho, vice-campeão mundial. Como avalia a sua atuação?

Eu achei que foi boa. Eu vim bem focado. Ia lutar o absoluto, mas aconteceu que, na última hora, os caras iam fazer o absoluto antes da final, e eu sempre quero a final antes. Eu vim aqui, fiz muita viagem, muito tempo perdido... Cheguei na Itália e queria garantir a vitória pelo menos com o Yan e no meu peso.

Como foi a final do Durinho? Ele começou ganhando de 2x0, mas parece que ele não acreditou muito naquela posição...

O nome dele não é Durinho por nenhuma outra razão: ele é duro mesmo. Foi uma luta difícil, mas no finalzinho eu encaixei uma posição. Não sei o que aconteceu, mas encaixou a posição. Não sei se ele estava cansado para tentar sair, mas peguei a posição e ele bateu.

Você ganhou a seletiva de Abu Dhabi, mas acabou não indo lutar. O que aconteceu?

O que aconteceu é que eu tinha 30 dias para abrir uma nova academia e não estava nada certo ainda, e se eu fosse para Abu Dhabi, quando eu voltasse não teria lugar para treinar. Então eu tinha que correr atrás, fazer as minhas paradas todas, tinha que abrir a minha academia nova. A abertura vai ser no dia 1º de junho, e vamos lá.

Na Califórnia?

É, vai ser lá mesmo. É muito trabalho. Até para esse trabalho aqui eu não treinei tanto, estava fazendo as coisas para a academia e treinando, fazendo os dois, conforme possível. Graças a Deus deu certo, e agora vou poder focar na academia e no Mundial.

Como você vem no Mundial? Vem no médio mesmo?

Eu não sei. Estou ficando mais e mais leve a cada dia que passa e não sei como vou estar. Achei que ia ser difícil bater 78kg, mas bati 76kg hoje com quimono, então vamos ver como eu estou me sentindo no peso que estou. Eu nunca gosto de perder peso, gosto de competir no peso que eu estou. Eu sempre estava abaixo do médio, mas eu sempre competi no médio porque eu não vou perder peso. Se eu estou no leve, vou continuar no leve. Mas não sei, vamos ver.

Tem pouco tempo, então dá para ir de leve se quiser...

Se eu fizer um esforço, dá para ir de leve fácil, mas eu não gosto de esforçar assim. Eu gosto de comer bem, me sentir bem...

Seu pai ficou no seu corner mais uma vez, mas agora você está na Califórnia e ele no Brasil... Como ficou isso?

Isso aqui foi um prazer: ser pago para vir para cá e ter uma semana com o meu pai, que é uma coisa que não acontece quase nunca. Eu quase nunca vejo o meu pai, então só com isso eu já estou ganhando, e ainda mais fazendo o que eu amo: competir com os “pontas” e fazer o meu melhor. É um sonho para mim.

Você veio crescendo e sempre finalizando todo mundo, mas na preta você já enfrentou algumas dificuldades. O que tem de diferente nesse Kron, que vem vencendo tudo agora?

Vou te falar a verdade: eu virei homem nesse espaço de tempo. Depois do sacode que eu tomei do Sergio Moraes, demorou muito tempo para eu realmente absorver isso e ficar melhor. Só agora estou sentindo a vontade dentro do meu coração para ser campeão de novo, aquela vontade de querer treinar e ser o melhor. Só agora realmente que eu estou começando a sentir, com as paradas da minha academia e tal, tudo que tem que fazer. Não é só treinar, não é só para mim. Eu tenho que ajudar as pessoas que estão à minha volta, então isso me deixa agradecido de estar na posição que eu estou e eu estou muito feliz só de estar aqui na Itália competindo, ter academia, ser bom no Jiu-Jitsu... Para mim, não tem mais derrota. Eu não vou deixar mais uma derrota me atrapalhar, do jeito que já fez.

Essa foi a sua parte principal de amadurecimento?

Foi. Agora eu acho que sou homem. Antes eu era moleque.

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