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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

EM ENTREVISTA PARA A REVISTA TATAME MINOTAURO CONTA COMO FOI SUA LUTA.NO UFC 119.


Rogério Minotouro quarta feira, 29 de setembro de 2010 -
Rogério Minotouro segunda-feira, 29 de setembro de 2010  Por Guilherme Cruz

Superado na decisão dos juízes contra Ryan Bader, o baiano Rogério Minotouro não conseguia esconder sua insatisfação. Após o duelo, que aconteceu no último sábado nos Estados Unidos, o atleta conversou com a TATAME sobre o duelo, uma das atrações principais do UFC 119. “Tem muita coisa que eu tenho que melhorar... Demorei um pouquinho para esquentar na luta, só consegui na metade do segundo round, início do terceiro... Ele se saiu bem, tem excelentes professores, é duro, mas eu acho que eu tive mais iniciativa na luta”, disse, acreditando que mereceu a vitória. Confira abaixo a entrevista exclusiva com Minotouro, que opinou sobre a “supervalorização” das quedas na hora de pontuar as lutas de MMA.

O que você achou da sua luta contra o Ryan Bader?

Eu achei que realmente no começo ele estava melhor, tem muita coisa que eu tenho que melhorar... Demorei um pouquinho para esquentar na luta, só consegui na metade do segundo round, início do terceiro... Ele se saiu bem, tem excelentes professores, é duro, mas eu acho que eu tive mais iniciativa na luta, mas ele conseguiu cair umas duas ou três vezes, conseguiu esfriar a luta. Quando eu ia para cima dele, ele me levava para baixo, mas também não conseguiu fazer nada ali no chão. Foi bem no começo, buscou ser objetivo, conseguiu ali uns quatro socos, algumas cotoveladas, mas depois ele só tentou segurar a luta.

O que você achou do resultado? Você achou que ele venceu ou que poderia ter ido para o seu lado?

É, a luta poderia ter ido para mim também. A meu ver, ganhei o segundo e terceiro rounds, e ele ganhou o primeiro. Em termos de pontuação, de quem bateu mais, quem tentou mais, eu acho que fui eu.

Analisando essa luta contra o Bader e a sua última luta, contra o Jason Brilz, o que você acha que falta para você voltar a ter grandes apresentações, como na época do Pride e na sua estreia no UFC, contra o Banha?

Na verdade, eu acho que o UFC é diferente do Pride. Eles valorizam muito as quedas, mas não fazem muita coisa no chão e nem tentam finalizar ou tentar nocautear no chão. O que aconteceu foi que ele ficava tentando me derrubar e eu ficava querendo manter a luta em pé, para conseguir o nocaute. Eu tenho que melhorar para lutar como eu era no Pride, isso todo mundo pode ver, tenho que melhorar o meu jogo de quedas, e me manter em pé ou então, se cair no chão, cair por cima para poder passar a guarda e tentar finalizar. Por baixo, realmente...

Tem muita gente que diz: “o Minotouro não fez o chão que deveria, não usou o Jiu-Jitsu...”, mas se você cair por baixo e o cara não quiser bater, você não tem como finalizar. No primeiro round eu caí com a cabeça na grade, então não tinha como fazer nada. Só quem entende de MMA sabe que, com a cabeça na grade, você não como escapar o quadril. O que eu tinha que fazer ali? Na verdade, a minha performance no chão não foi surpreendente, mas nas posições que eu caí realmente fica difícil porque ou ele estava na meia para fora, ou eu estava com a minha cabeça na grade. O que eu podia fazer de melhor era levantar dali, e foi o que eu fiz. Já no finalzinho da luta ele segurou a perna e não deu para levantar. Foram uns quarenta e poucos segundos ali na guarda, e ele não bateu, não fez nada, então é difícil... Não dá para falar que, se foi para baixo, vai finalizar. O que eu tenho que fazer é melhorar a defesa de queda, que eu acho que já melhorei bastante da última luta para agora, mas melhorar ainda mais. Me manter em pé, tentar nocautear, ou então tentar cair por cima, passar a guarda e finalizar.

O que você espera para o seu futuro na categoria? Você quer voltar esse ano ou agora só pretende lutar no ano que vem?

Se eles me pusessem para lutar, eu já estava pronto (risos). Queria não perder a forma física. Acho que é impossível, não vai ter como voltar agora, mas se eu pudesse voltar, se eu tivesse esse poder de escolha, eu lutava logo... A luta foi apertada e poderia ter ido para os dois lados. O cara está de parabéns, é um cara novo, mostrou que é bom, mostrou que consegue botar a luta para baixo, mas eu quero voltar o mais rápido possível, tentar ganhar e lutar de novo entre os melhores para chegar no top cinco.

Estavam falando que o vencedor dessa luta encararia o Jon Jones. Como você acha que seria esse duelo?

É, não sei. Realmente eu não sei. Quem for melhor de Wrestling vai ganhar. O cara que fizer a melhor briga ali ganha.

Você acha que isso está virando uma tendência para o futuro do UFC, com essa pontuação que valoriza as quedas?

Cara, não é fácil quedar. Realmente é difícil, mas os caras estão bons, estão conseguindo manter a luta bastante tempo ali, então está um pouco diferente. Se você olha a luta do Sean Sherk, eu acho que ele perdeu aquela luta... Os juízes, como não entendem muito de chão também, se a luta não for aquele Jiu-Jitsu forte, eles dão a luta para quem deu mais takedowns. Eu acho que eles deveriam contar também as defesas de queda. Uma vez que o cara defendeu uma queda, devia pontuar também. Não só a queda, mas como a defesa de queda.

Você vai ficar nos Estados Unidos ou já volta para o Brasil?

A gente está inaugurando uma academia em San Diego, então vou ficar um pouco aqui para poder ver como vão ficar as coisas aqui na academia. Vou dar aula lá no final de semana também. A gente está fechando com o Serginho Moraes para ele vir dar uma ajuda aqui na parte de Jiu-Jitsu. Boa contribuição, não é?

Com certeza, e ainda é bom para ele, que afia a parte de MMA...

Bom, o moleque é bom, é de família, um cara bacana, vai ser bom para ele. Ele tem um Jiu-Jitsu de primeira... Para a gente, com certeza, vai acrescentar muito

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